Puno. 07:20.
Temperatura exterior: nariz gelado.
Despertar cedo para um dorminhoco como o vosso narrador. Tão cedo que quando chego à sala de pequenos-almoços a mesma ainda está fechada.
Embriagados pelo sono e pelo pisco sour da noite anterior, somos levados até ao terminal de autocarros. Destino? Cusco, a cidade dos incas, dos espanhóis e porta de entrada para o vale sagrado e Machu Picchu.
Não sabemos ao certo como se passou mas quando acordamos, encontramo-nos dentro de um "bus de gringos". 50 turistas verdadeiramente gringos, cada um pior que o anterior e um guia turístico monocórdio que alternava entre "damas e caballeros" para "ladies and gentlemen" comp quem dá uma aula teórica de História do Direito.
Abananados, a revolta inca-tuga começa a formar-se com promessas de queixas à organização da Rota dos Ventos. Isto é o tipo de viagem que ps roteiros procuram mesmo evitar.
De momento, nada a fazer. Aguentar-se à viagem de 10 horas tentando evitar morrer, ignorando as paragens turísticas com souvenirs de plástico, bandas de música inca-mexicana-world music (só faltou mesmo tocarem Lady Gaga) e aumentando o volume do iPod mal o guia comece a falar...
Highlight surreal do dia: visita de um museu com algumas múmias de crianças expostas com os crânios alongados, prática pré-inca segundo o guia, ETs segundo as indicações do museu...
Esgotados, chegamos a Cusco e conhecemos em carne e osso o famoso Freddy. Cheio de medo, é logo encostado à parede por causa dos problemas à chegada. Acabo por simpatizar com ele, o bigode parece português e sempre pediu desculpas...
À noite passo por uma maison de adobe e leio a seguinte frase: "mi gusta la tua boca por que grita libertad!"... não podia ser mais apropriado..
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