segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Day 3

Hotel Casa Andina Chivay. 05:00

Despertar cedo. Isto não é para mim mas ainda estou sincronizado pela hora portuguesa, pelo que não custa
muito.

Bom dia Lis! Já a tomar chá de coca? Temperatura exterior: 2 graus.

Seguimos pelo vale de Colca acima até a aldeia de Maca. Para turista ver...
Sim, podemos tirar fotografia com uma águia andina!...

Próxima paragem: Cruz del Condor. No topo de um dos desfiladeiros mais profundos do mundo (1200 metros). Até lá passamos por pequenos lugarejos (pueblos), onde se nota a vida dura, as casas feitas da mesma pedra e chapa de zinco, a alpaca ou o porco no quintal e os burros como meio de transporte de carga.
Em algumas povoações mais remotas, as populações fazem 5 horas a pé até apanharem o autocarro para Chivay, onde vendem no mercado os produtos que colheram.
A vida aqui é dura como o tempo.

Chegamos a Cruz del Condor. Miradouros repletos de gringos, não necessariamente pela paisagem em si mas antes sim pelos espectaculares voos protagonizados pelos condores.

O condor é um bichinho simpático que pode atingir 3 metros de envergadura.
Ele não voa, plana e passa a rasar pela multidão de gringos. Todos tentam o mesmo: a foto perfeita do condor. Muitas tentativas depois (não é que os cabrões dos bichos planam depressa) consigo um par de boas fotos. Uma formação de três condores e no total dez condores. Descubro que não é muito frequente encontrar tantos.

Voltamos a Chivay. Apanhamos as lancheiras com o almoço. Hoje a viagem é longa e não há grande tempo para refeições. Despedimo-nos da Lis com a devida propina. Ganhou uma valente constipação mas parece-me rija...

Voltamos ao planalto de Colca e despachamos o almoço: uma versão andina de chicken nuggets com arroz primavera. Piquenique aos 4900m no meio do nada...Life is good...

Seguimos de mini autocarro até Puno, passando por Juliaca. Esta cidade lembra as cidades indianas e o seu caos. Os meus colegas de viagem confirmam. O trânsito caótico aqui ganha uma outra dimensão. Criam-se faixas na hora, tenta-se respeitar quem vem da direita mas parando-se no meio do cruzamento...

Apanhamos o novo guia: Ruben.
Sujeito intrigante e muito expressivo. Não consigo adivinhar a idade..

Seguimos para Sillustany(?). Túmulos pré-incas e incas. Obras arquitectónicas notáveis para a época.
No entanto torna-se impossível seguir o entusiasmo e explicações do Ruben. Já chegamos tarde, começa a anoitecer e está uma ventania desgraçada. Estamos congelados. O real feel da temperatura deve andar nos -17. A temperatura real deve andar nos -2. Queimados pelo frio, corremos para o autocarro e seguimos até Puno.

Se Juliaca é a Índia, Puno parece uma favela brasileira gigantesca, com morros, subidas e descidas e um hotel bastante agradável...com wireless!
Agora todos anotamos a password :)

Jantamos numa pizzaria. Como encontramos tantas mas tantas (cerca de 90% dos restaurantes são pizzarias) pela cidades que temos visitado , deduzimos que têm de ter alguma particularidade nativa...Errado.

Animados pela cerveza Cusqueña e pelo ritmo da cidade, a conversa hoje é divertida e cheia de sorrisos. É um bom grupo...

Cama às 22:30. Espreito a meteorologia actual: -7 a real, -17 a real feel...

Life in Peru continues...

P.S.- Já vos falei das sanitas peruanas? São extremamente baixas!

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